Eu tenho fé,
e, em silêncio,
sustento e manifesto a minha fé:
uma fé mínima, frágil e sutil.
A minha fé não comunga
com ódio santo e sagrado
das cruzadas e da inquisição.
A minha fé
não é a fé dos que obedecem,
dos que não lutam.
A minha fé
é fé do Frei Caneca,
do Pastor Geremias,
do Frei Beto.
do Betinho,
do Paulo Freire
do Gandhi,
do Martin Luther King,
do Mestre de Nazaré.
A minha fé
tem Deus como princípio,
por isso não teme o ódio:
esse ódio histórico
-quase eterno-
mumificado pelos séculos...
Esse ódio é tão pequeno,
tão insignificante, se comparado
á minha fé:
minha fé é livre
e vive dentro de mim.
Autor: J.J.Macedo para Sebastião Almeida e Lourdes
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